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UNIVERSO DRAGON-PANTHER

MANIFESTO EM DEFESA DO CONSERVADORISMO E DA CULTURA POP

Estamos presenciando um momento singular da história humana, marcado por uma intensa, e até selvagem,  polarização política. As visões de mundo se tornaram profundamente divergentes, levando a uma escalada de tensões que não cabe discutir aqui quem deu início a esse processo. Como artista, sinto a necessidade de me posicionar e deixar claro para aqueles que acessam minha obra quem sou e quais são os princípios que guiam minha criação. Minha arte reflete uma visão de mundo enraizada na preservação dos valores que considero fundamentais. Não sou um revolucionário; sou um conservador.

 

Vivemos em tempos de rápidas transformações, onde o novo é frequentemente celebrado e o antigo é descartado como obsoleto. No entanto, é precisamente nesses momentos de incerteza que devemos nos voltar para as raízes profundas de nossa civilização, para as tradições que nos moldaram e para os valores que sustentam a ordem social. Este manifesto não é um apelo ao passado por nostalgia, mas uma defesa do que é essencial para a continuidade e prosperidade de nossa sociedade. Inspirado na visão de filósofos como Edmund Burke, Michael Oakeshott, Russell Kirk, Roger Scruton, Olavo de Carvalho e outros, este documento defende o conservadorismo como uma filosofia de prudência, respeito e preservação.

1. A Reverência pelas Tradições

Eu, Bruce Michael,  defensor do conservadorismo, proclamo com firmeza minha fé nos valores que sustentam a civilização. Em uma era de rápidas transformações e incertezas, reafirmo a importância de proteger aquilo que é precioso e essencial para a continuidade de uma sociedade justa, livre e ordenada.

Creio que as tradições são o tecido que une gerações, proporcionando estabilidade e continuidade em meio às mudanças inevitáveis do mundo. Elas não são meras relíquias do passado, mas expressões da sabedoria acumulada ao longo dos séculos. Eu valorizo as instituições que emergiram dessas tradições, reconhecendo que elas foram moldadas por desafios e provações e que, por isso, carregam em si a experiência e o conhecimento necessários para a boa governança.

2. A Ordem Social como Pilar da Liberdade

A liberdade não existe no vácuo; ela floresce dentro de uma ordem social bem estabelecida. Acredito que a anarquia e o caos são inimigos da verdadeira liberdade, e que é por meio da lei e da ordem que podemos garantir a dignidade e os direitos de cada indivíduo. Defendo, portanto, uma ordem que respeite os direitos humanos, mas que também imponha deveres e responsabilidades, assegurando a harmonia e a paz social.

3. A Gradualidade nas Reformas

Entendo que as mudanças são necessárias, mas acredito que elas devem ser feitas com cautela, respeitando o que de bom foi herdado. O pseudo-progresso cego, sem consideração pelas consequências, pode destruir o que foi arduamente construído. Defendo reformas que sejam evolutivas, não revolucionárias, que construam sobre os fundamentos sólidos do passado, ao invés de destruí-los.

4. A Defesa da Cultura e da Estética

A cultura é o coração da sociedade; é nela que encontramos a expressão mais profunda de nossa humanidade. Através da arte, da música, da literatura e da arquitetura, transmitimos valores e ideias de geração em geração. O conservadorismo, portanto, é uma defesa da alta cultura e da beleza contra a vulgaridade e a banalidade. Creio que a estética tem um papel central em nossas vidas, enriquecendo-nos espiritualmente e ligando-nos ao sublime.

5. A Centralidade da Religião e da Moralidade

Declaro que a religião e a moralidade são os alicerces indispensáveis de uma sociedade coesa e próspera. Elas não apenas moldam nossos costumes e valores, mas também nos conectam a algo maior do que nós mesmos, oferecendo um senso de propósito e continuidade que transcende o presente momento. A religião, com sua sabedoria acumulada ao longo dos séculos, é uma fonte vital de orientação moral, proporcionando uma bússola para nossas ações individuais e coletivas.

No cerne dessa defesa conservadora, afirmo que a religião deve ser preservada e respeitada como um bem comum, que nutre as virtudes necessárias para a vida em comunidade. Acredito que sem uma base moral sólida, ancorada em tradições religiosas, a sociedade corre o risco de fragmentar-se, perdendo seu sentido de direção e propósito. Por isso, defendo que a religião deve ocupar um lugar central na vida pública, não como um instrumento de poder, mas como uma força civilizadora que une as pessoas em torno de valores compartilhados.

Convoco todos os que prezam a ordem e a continuidade a reconhecer a importância da religião e da moralidade na preservação da civilização. Que elas permaneçam como guias constantes em nossas vidas, oferecendo um contrapeso ao materialismo desenfreado e à relativização dos valores que ameaçam corroer o tecido social. Através da preservação da religião e da moralidade, asseguramos que as gerações futuras herdem uma sociedade rica em significado, coesão e dignidade.

6. A Defesa da Simbologia Profunda na Cultura Pop e no Universo dos Super-Heróis 

A mitologia moderna está sob ataque. Vivemos em uma era de narrativas moldadas pela velocidade, pelo consumo e por agendas fugazes. A cultura pop e o universo dos super-heróis, que um dia se ergueram como a mitologia moderna, estão agora sob o ataque de forças insidiosas que devoram e corrompem os significados profundos de suas histórias. Essa distorção simbólica é o que o pensador canadense Jonathan Pageau chamou de parasita cultural — uma força destrutiva que mina as fundações da cultura e da moralidade, usando suas tradições e ícones apenas para servir a uma agenda politica ou para consumo, enquanto esvazia sua essência.

Em uma época onde os antigos mitos estão adormecidos, os super-heróis emergiram como os novos deuses, os guardiões da moral, da virtude e da ordem. Superman é o novo Hércules, Batman o vigilante trágico, e Mulher-Maravilha, uma deusa guerreira que carrega os ideais de justiça e igualdade. Esses personagens personificam arquétipos profundos que a humanidade busca há milênios — símbolos de esperança, resiliência e luta contra o mal. São eles que, como os heróis das mitologias antigas, nos ensinam a trilhar o caminho da virtude e da ordem, mesmo em tempos de caos.

Contudo, assim como os mitos antigos precisavam ser preservados para continuar servindo à sociedade, a nova mitologia dos super-heróis também necessita de proteção contra as forças que a corrompem e pervertem. Não podemos permitir que os super-heróis, que carregam o peso simbólico de nossa época, sejam reduzidos a meros produtos descartáveis ou veículos de ideologias momentâneas.

7. O Parasita Cultural: A Subversão das Narrativas

O parasita cultural, conforme descrito por Jonathan Pageau, é uma força que se infiltra nas narrativas e símbolos de uma cultura, não para preservá-los, mas para distorcê-los e esvaziá-los de seu verdadeiro significado. O universo dos super-heróis, assim como a cultura pop, tornou-se vítima desse parasita. Ao invés de defenderem valores transcendentes, muitos dos heróis de hoje são moldados para atender às demandas comerciais e às pressões de uma sociedade volúvel e fragmentada.

Super-heróis, que antes representavam sacrifício e heroísmo, agora são muitas vezes apresentados como figuras superficiais, usados para vender produtos ou promover uma agenda política, sem qualquer consideração pela profundidade de seus arquétipos originais. Esse parasitismo cultural não só enfraquece as histórias em si, mas também a cultura que consome esses novos mitos. Quando um herói como Superman, que deveria personificar esperança, é transformado em algo cínico ou vazio, o impacto simbólico se perde, e a cultura que se alimenta desses símbolos enfraquece junto.

8. A Subversão do Vilão: Do Caos ao Parasitismo

 

Os vilões no universo dos super-heróis sempre simbolizaram o caos e a desordem, ameaçando o equilíbrio moral que os heróis lutam para manter. No entanto, hoje, o verdadeiro vilão tornou-se o próprio parasita cultural. Ele usa esses vilões para subverter a ordem natural, promovendo o caos em nome da "desconstrução" ou da "inovação". Vilões como Thanos, que antigamente eram personificações claras de ideologias destrutivas, agora recebem tratamento ambíguo, como se suas visões de destruição fossem justificadas por uma lógica distorcida.

Essa transformação simbólica não ocorre apenas no nível narrativo, mas se infiltra na cultura como um todo. Quando as histórias que consumimos distorcem os significados de heróis e vilões, nossa própria percepção da realidade moral é corroída. A ordem simbólica que deveria proteger a sociedade contra a degeneração é subvertida por ideias parasitárias que atacam o que há de mais essencial — o significado.

9. A Solução: O Retorno ao Significado Profundo

Para combater o parasita cultural, devemos restaurar o poder simbólico das narrativas heroicas. O universo dos super-heróis precisa se reconectar com suas raízes mitológicas, com os valores e virtudes que fizeram dessas histórias algo duradouro. Precisamos defender histórias que honrem o sacrifício, a justiça e a ordem, e que rejeitem as forças que as utilizam de forma superficial e sem conexão com suas fundações simbólicas.

Assim como os mitos antigos resistiram ao teste do tempo porque estavam enraizados em verdades universais, as narrativas de super-heróis só sobreviverão se mantiverem sua integridade simbólica. Superman não é apenas um herói invulnerável — ele é um símbolo da esperança, da bondade incondicional e do sacrifício. Batman não é apenas um vigilante — ele representa a luta incessante contra o caos interno e externo. Quando nos afastamos desses significados profundos, deixamos o caminho aberto para o parasita cultural se infiltrar e consumir o que há de melhor em nossa nova mitologia.

10. A Defesa da Mitologia Moderna: Um Chamado à Ação

Este manifesto é um chamado à defesa da mitologia moderna. A cultura pop e o universo dos super-heróis não são meros produtos de entretenimento — são os novos mitos que moldam as consciências de milhões. Devemos exigir narrativas que honrem os arquétipos e símbolos que nos conectam a algo maior do que nós mesmos. Devemos rejeitar o parasitismo cultural que transforma essas histórias em veículos vazios de agendas politicas perversas e modismos passageiros.

O futuro da cultura está nas mãos de quem cria e de quem consome. Cabe a nós defender os símbolos, mitos e narrativas que, como as tradições antigas, protegem a ordem simbólica e moral que mantém a sociedade coesa. Se falharmos nessa defesa, o parasita cultural continuará a devorar, corromper e destruir a essência do que há de mais sagrado na mitologia moderna.

Hoje nós, nerdolas, somos a contra-cultura, num viés de resistência a cultura vigente que foi sequestrada e parasitada por uma agenda nefasta. Essa é a hora de nos levantar e lutar. Defendamos nossos heróis. Defendamos nossas histórias. Defendamos nosso futuro.

BRUCE MICHAEL

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